Doar-se com alegria
Um grupo de amigos assume a responsabilidade de cuidar da alimentação dos jovens nas férias dos colegiais. “Dou tudo de mim e o resto Ele constrói”.Quero contar uma experiência muito diferente que vivi. Sou do grupo de Fraternidade da Mônica, que é educadora e nesse ano ficou responsável pela organização das férias nacionais dos colegiais que seriam em Campos do Jordão. E ela nos disse que topou assumir isso porque estava contando com a ajuda da Fraternidade. Quando a ouvi não tive dúvida em dizer: “Pode contar comigo”. Penso que são esses amigos-irmãos que Deus me deu para me ajudar a caminhar na vida, então planejei minhas férias e da minha família tendo como centro a data deste encontro. Por isso não consegui ir às férias dos adultos, o que também me gerou uma dor. Mas na primeira reunião para planejar os trabalhos percebi o tamanho da responsabilidade que tínhamos assumido. Na hora me gerou um grande medo, mas minha primeira atitude foi dizer que me sentia muito inadequada para aquela função, então pedi para rezarmos pedindo ajuda a Nossa Senhora. E a partir dali pensei: “Dou tudo de mim e o resto Ele constrói”. E foi exatamente assim. Tiveram muitas mudanças, algumas pessoas que iriam não foram, outras que não iriam decidiram ir, e assim fomos abertos à novidade do que Deus queria construir. Foram dias de trabalho muito intenso, mas também de uma paz enorme. No final do dia, um cansaço extremo, mas um coração feliz, e nem as condições precárias que sabíamos que iríamos ter, tiravam nossa alegria. Ao contrário, era uma felicidade que não tinha explicação, ou melhor, tinha: só Ele podia gerar aquilo. Uma experiência muito positiva foi ter alguém a quem seguir. Cada um tinha uma ideia de como fazer o arroz ou a salada, mas perguntar para a Marcinha o que ela achava melhor, gerava entre nós uma unidade inexplicável. E deu uma grande vontade de ser assim no meu trabalho, não ficar desesperada com os horários, com o cardápio, etc. E foi possível também ver o milagre daqueles dias, uma explosão de felicidade de jovens entre 14 e 18 anos agradecendo a nós todo o tempo pela boa comida. Era demais! Jovens que depois se dispunham a lavar pratos e mais pratos, e voltavam mais tarde para terminar de lavar as panelas! Como explicar aquela explosão de felicidade entre nós da cozinha e entre aqueles jovens? E tem outro detalhe que fiquei maravilhada. Eu não sou professora, sou mãe de quatro filhos e sempre tive muita admiração pelos educadores e sempre quis ser professora, e Deus achou um jeito para eu ficar próxima deles, que não foi dando aulas e sim cozinhando. Nossa Senhora dá um jeito de responder aos nossos desejos mais profundos! Obrigada a todos pelos sorrisos, pelo muito obrigada e pelo coração preenchido. Dom Giussani deu a vida para que pudéssemos encontrar Cristo e hoje não é diferente, precisamos de pessoas que doem seu tempo para os jovens encontrarem um sentido na vida e reconhecerem que Cristo é essa resposta plena ao coração de todos.
Rose, São Paulo (SP)