De 22 a 24 de junho realizamos em Imbassai, Bahia, uma convivência com os universitários (CLU) e jovens trabalhadores de Salvador. A proposta inicial era passar alguns dias juntos e acompanhar por videoconferência os exercícios espirituais do CLU, que aconteceram em Sorocaba/SP no mesmo final de semana, já que os custos da viagem não permitiram que fôssemos até lá.

Inicialmente fiquei receosa em propor um gesto assim, sabia que seria um desafio, precisaria de tempo e de energia para organizar tudo, mas diante da beleza que surgia em cada Escola de Comunidade que fazíamos decidi ousar e propus o gesto. Depois que dei meu sim, as coisas começaram a acontecer: uma colega de trabalho se disponibilizou para ir com a família e cozinhar todos os dias, conseguimos alugar a van com um preço razoável, recebemos algumas doações dos amigos, conseguimos comprar tudo o que era necessário. E não sabíamos que esse era só o início de um grande acontecimento que nos esperava.

Foram dias ricos em imprevistos e em Beleza, que desafiaram a nossa liberdade. Do silêncio ao forró vivemos uma audácia gerada pelo acontecimento da presença d’Ele.
O primeiro dia foi cheio, acordamos cedo para nos deslocar e chegar a tempo de acompanhar a videoconferência. Na saída, já na van, um momento de oração e a leitura de algumas palavras de Dom Giussani para dar o tom do gesto. «Vamos passar praticamente pouco mais de um dia juntos para um momento de maior verdade da nossa vida. Fizemos muitos sacrifícios, inúmeros entre vocês fizeram grandes sacrifícios para vir; vamos tentar tirar a maior vantagem possível, vamos tentar extrair a alegria de um momento de familiaridade com o Senhor mais pleno do que os melhores dias do nosso ano. É um compromisso [...] que temos que assumir, para garantir um resultado realmente bom».



Chegando ao local estava tudo pronto para acompanhar a transmissão, mas tivemos muita dificuldade por causa do som e da conexão, por isso não foi possível compreender tudo que Pe. Julián de la Morena falou, mas insisti lendo as anotações do que dizia, tentando “traduzir” o que a falha da transmissão não permitia acompanhar. Desde o inicio tinha o desejo que não perdêssemos nada. Essa dificuldade inicial não foi um balde de água fria, mas um convite a se abrir para acolher o que o Senhor ia fazer acontecer.

Os demais dias foram marcados por oração, diálogos, jogos, passeios, missas, refeições preparadas com muito zelo e grande diversidade, marcando um clima de muita companhia e familiaridade. O fruto de tudo isso verificamos nos testemunhos de duas pessoas que participaram e no conteúdo da assembleia que agora compartilhamos com vocês.