No final de semana entre 24 e 27/01, em São João Del Rei, Minas Gerais, aconteceram as férias dos Universitários de CL (CLU). O que ficou pra mim destas férias foi ver a disponibilidade, o cuidado, a paciência, o rosto, a gratidão da Bete. Ela é da comunidade de CL de São João Del Rei e foi a pessoa que ficou responsável pela cozinha. O cuidado que ela tinha conosco era impressionante! Mesmo estando na cozinha, Bete queria estar conosco no salão onde as coisas aconteciam. Sempre nos perguntava se estávamos bem, se tínhamos fome, se queríamos comer mais, o que queríamos comer, nos preparava bolos, doces... Convidou amigos para ficar conosco, para fazer churrasco. Sempre que a Bete contava a sua experiência e o seu encontro com o Movimento ela se emocionava e aquilo me tocava profundamente. Eu desejo ser assim, igual a Bete: disponível, cuidadosa, paciente, grata por ter encontrado um lugar com uma companhia para toda a vida.

A Marcela nos contou a sua experiência com a paralisia no rosto e como isso a tinha impedido de cantar como antes e outras coisas, mas nem por isso ela deixou a vida dela de lado, pois sabia que ela tinha um lugar que a ajudaria a viver esse drama.
Encontrei um amigo, Pietro, estudante de Exatas, não é católico, mas se diz Cristão. Cheio de perguntas e suas perguntas viravam poemas, lindos poemas!

Esta é uma companhia diferente, ser um do outro. Volto para minha realidade com mais esperança dentro de mim. Desejando ainda mais pertencer a esse lugar, a essa companhia que é comunhão e libertação, que me faz perceber a cada instante, a cada experiência que essa companhia é para a vida toda. Quero viver essa coisa que é carnal, que me faz viver, reviver e recomeçar a cada instante.

Eu preciso dessa companhia que me diz “vai”. A experiência que faço em CL tem ligação com a minha vida inteira: vida pessoal, trabalho, estudo, família, amigos... Quando o caminho é verdadeiro a minha vida se torna uma só. Não preciso deixar nada de lado, o que me move é uma atração. É um caminho. A vida é um caminho e uma aventura. Um lugar onde não sou obrigada a fazer nada, mas que me pega. O movimento, a igreja somos nós que construímos para gastar a energia da vida. Deus sabe o que a gente é, mas continua nos dando o mundo. O meu coração pulsa quando ouve coisas belas. Desejo que a minha vida seja mais intensa, com mais pessoas que me tornam mais adulta e madura.

Verônica, Salvador/BA