Exercícios Espirituais. O pedido que se torna comunhão
Nos Exercícios da Fraternidade de CL, a certeza de que o Senhor responde e o pedido sincero pela comunhão, como graça de Deus. Uma carta para contar o percurso de Eloísa ao longo desses três dias de maioSexta–feira, quando cheguei ao local do retiro dos Exercícios da Fraternidade deste ano, tive um impacto muito grande. Recordei um retiro passado, uma profunda comunhão que vivi com uma amiga de longa data, que agora não está mais no Movimento, na nossa companhia. Aí fiquei com o coração desejoso em viver a comunhão, aprender mais sobre o que é a comunhão. Será que não tinha entendido em todos esses anos de Movimento?
No dia seguinte, de manhã fiz a lectio divina, que estou aprendendo com a Irmã Maria Luiza do Mosteiro da Paz. Ao lado do meu quarto tinha uma capela com o Santíssimo e pude realizá-la em silêncio. Uma frase do Evangelho que me chamou a atenção foi quando Jesus disse que, se pedisse, o faria. Então pedi para viver a comunhão!
Ao descer as escadas, para o café, encontrei uma amiga, que muitos conhecem e que já nos deu vários testemunhos que me educaram muito. Eu a cumprimentei e meu coração se encheu de alegria. Eu lhe disse que ela estava comigo na oração! E uma frase surgiu em minha mente: «Fernanda, a gente não precisa ser “amigas”, mas vivemos a comunhão entre nós!» Ela, muito querida, entendeu e trocamos um olhar cheio de letícia! Na hora meu coração já se encheu de gratidão, pois o Senhor já estava realizando o pedido feito na capela. Desse momento em diante todo o retiro foi repleto de “encontros”! Eu tinha uma alegria em encontrar as pessoas, em estar ali; um agradecimento por pertencer à nossa companhia que não cabia em mim! E sabia que isso era pura Graça!
A comunhão nasce do desejo do meu coração, que mendiga ao Senhor e que se realiza no nosso carisma. Mas precisa que meu eu entre em ação, faça o pedido e diga sim. E foi desta forma que vivi todos os Exercícios! Tinha uma sintonia com o que ouvia nas palestras e um desejo de obediência a todos os gestos, vivendo na “Galileia” de que nos falou o Papa Francisco.
No domingo a frase na lectio divina foi: «Não se perturbe vosso coração!» Então, toda vez que vinha um “medinho” de sair do retiro e colocar essa experiência numa “gavetinha das coisas boas”, como disse o padre Ignazio na homilia, eu retomava a frase e entregava nas mãos do Senhor.
Obrigada, amigos, por estarem nesse caminho comigo.
Eloísa, Sorocaba