Jean durante seu trabalho como voluntário no Meeting

Responder ao amor de Deus

Um jovem de Belo Horizonte conta sua experiência como voluntário no Meeting de Rímini deste ano. O evento ocorreu na cidade italiana entre 20 e 25 de agosto últimos e teve como tema geral: “Se não estamos em busca do essencial, então o que buscamos?”

Este ano, pela primeira vez, participei como voluntário no Meeting de Rímini. Para mim foi uma ocasião primeiro para me dar conta cada vez mais do quanto sou grato por pertencer e ser continuamente gerado por essa companhia. Pude me dar conta de que toda a minha vida é definida por esse encontro e, por isso, não posso poupar nada quando me é pedido um sacrifício.

Ali em Rímini me designaram para o setor de restaurantes, que é um dos setores onde o trabalho é mais pesado. Nos primeiros dias fiquei muito cansado e até um pouco frustrado, pois, seja por causa do ritmo de trabalho, seja pelo tempo gasto e a quantidade de coisas que deveriam ser feitas, eu iria ter pouquíssimo tempo sobrando para ver as mostras, estar com meus amigos e tudo o que havia pensado em aproveitar do Meeting.

Por isso a cada manhã me vinha de oferecer o trabalho ao Senhor, isto é, me dar conta continuamente de que a realidade não era eu quem a fazia. Pedia sempre que o Senhor fosse meus olhos e minhas mãos, para que cada instante do trabalho fosse uma ocasião de encontro com aquelas pessoas que eu servia, que o simples fato de entregar uma batata ou uma cerveja fosse o momento de estar diante daquela pessoa, estar diante do mundo. E assim foi!

Pude nestes dias de trabalho viver consciente do dom que é nossa companhia, e assim fui tomado por uma alegria e uma gratidão sem limites, que gera uma gratuidade, um olhar gratuito entre nós, uma resposta grata ao Amor de Deus, que investiu a minha vida e a vida daqueles mais de 3 mil voluntários.

Uma grande ajuda foi o acompanhamento que tivemos como voluntários, e no primeiro encontro entre nós, o padre Francesco Ferrari [responsável do Movimento pelo grupo dos universitários – CLU] nos dizia: “Somente quando temos consciência de pertencer a algo grande, podemos fazer bem todos os trabalhos, até os mais humildes!”

Eu me dei conta de que a história a que pertenço é o maior presente que já recebi e que só consciente disso posso estar diante do mundo e levar ao mundo o que recebi, para viver entre os mais próximos e com todos os outros, a caridade da qual sou objeto.

Jean, Belo Horizonte (MG)