A carta do Papa: o caminho para seguir
Notas do encontro dos responsáveis de Comunhão e Libertação com Davide Prosperi e Francesco Cassese sobre a carta do Papa Francisco a todo o Movimento. Milão e por videoconferência da Itália e do mundo, 20 de fevereiro de 2024Francesco Cassese. Hoje estamos reunidos – os membros da Diaconia da Lombardia presencialmente, e os responsáveis do Movimento na Itália e no mundo todo por videoconferência – para entender melhor o significado e o conteúdo da carta que o Papa Francisco enviou ao Davide e a todo o Movimento no último dia 30 de janeiro.
Consideramos que era importante organizar este encontro por duas razões principais: em primeiro lugar, pela importância e pelo valor que essa carta tem para a nossa história e, precisamente por isso, queremos evitar correr o risco de subestimá-la; em segundo lugar, para tentar abordar em conjunto as muitas questões que surgiram depois da reação positiva que todos sentimos quando a recebemos e lemos.
Pedimos ao Davide que nos ajudasse a analisar essa carta em conjunto. Depois, será da responsabilidade de cada um de nós comunicar às nossas comunidades o que surgir.
Ao prepararmos o trabalho desta noite, partimos de um diálogo entre responsáveis que se deu na semana passada, das muitas contribuições e perguntas que nos chegaram e pelas quais lhes agradecemos. Este é o primeiro sinal da responsabilidade que sentimos em comum. Eu sou o porta-voz desse diálogo.
Faço questão de dizer que essa carta concerne a todos nós, ninguém deve sentir-se excluído porque, por um lado, como diz São Paulo, somos membros uns dos outros, por outro lado, acreditamos e estamos convencidos de que nela há um convite a um passo de consciência para todo o Movimento.
Como sabem, essa carta tem origem na audiência que o Davide, junto com Dom Filippo, teve com o Santo Padre no último dia 15 de janeiro. Por isso, começo por lhe pedir se pode contar-nos alguma coisa sobre esse encontro.
Davide Prosperi. Antes de mais nada, agradeço as muitas contribuições que vocês enviaram, porque é o sinal de que existe uma certa sensibilidade entre nós e penso que este é um fator muito importante.
Lembro-me – todos nos lembramos – do célebre encontro em Roma, no Domingo de Ramos de 1975, quando Giussani, na sacristia, ouviu Paulo VI dizer-lhe: “Coragem. Vai na estrada certa” (Luigi Giussani. A sua vida, Coimbra: Tenacitas, 2017, p. 530). Naquele instante, pensou que o então arcebispo Montini tinha lhe dito algo parecido no final dos anos cinquenta, diante do resultado positivo da Missão cidadã em que Giussani tinha envolvido todos os Colegiais: “Não entendo as suas ideias e os seus métodos, mas vejo os frutos e digo-lhe: continue assim” (Ibidem, p. 227). Aquele “continue assim” marcou todo o nosso caminho; quantas vezes Dom Giussani nos repetiu isso!
Creio que hoje estamos diante de uma coisa que tem o mesmo alcance, porque essa carta é uma confirmação e um relançamento, exatamente como aquelas palavras. E ninguém sonhava então em começar a vociferar sobre o “não entendo os métodos”, porque a atenção foi toda para o “vejo os frutos… continue assim”…
Leia o texto integral no PDF:
- 200224-dp-resp-lettera-papa-bra.pdf 714 KBProsperi - Cassese
Encontro de responsáveis sobre a carta do Papa
(tradução brasileira)