Diante dos trágicos acontecimentos da operação policial contra o narcotráfico, no Rio de Janeiro, não podemos nos deixar levar pela raiva, pelo medo ou por discursos partidários. Existe um juízo de comunhão, que nasce do encontro com Cristo, da experiência da comunidade e da caridade concretizada em obras que buscam o bem de cada pessoa e de toda a sociedade.

Rezemos pela paz, como pede o Papa.
Diante de qualquer drama, a Igreja sempre nos convida à oração. Somos sempre frágeis e limitados, mas sabemos – por experiência própria, não por teoria – que Deus vem em nosso auxílio. Quando rezamos, nos pomos na posição justa para recuperar a esperança e encontrar os caminhos de construção do bem comum.

Com obras que nascem da caridade, criamos espaços comunitários que são um caminho realista de superação dos conflitos e de promoção humana.
Os resultados podem não vir a curto prazo, mas essas obras vão construindo uma nova sociedade, com pessoas que acreditam no bem comum e farão a diferença. Não nos enganemos: é o amor que gera as obras e constrói um futuro melhor, e não a violência da repressão.

Há também uma tarefa educativa, pois para combater a insegurança pública é fundamental investir em ações de inteligência, valorizar as polícias, etc. Mas nada disso será suficiente sem um trabalho educativo, que ajude as pessoas a se realizarem humanamente e a se dedicarem ao bem comum.