Julián Carrón prega os Exercícios da Fraternidade de CL.

Gratidão pela misericórdia

Perceber-se preferida, até a descoberta de que "tudo é uma possibilidade de relacionamento com Cristo"

Ir aos Exercícios da Fraternidade nunca foi uma prioridade pra mim, sempre escolhia as férias e outras oportunidades de estar com os amigos. Mas esse ano, após o acampamento de carnaval, tive o desejo de voltar a fazer Escola de Comunidade e de retomar o trabalho do Movimento. Durante um período, estive envolvida em outros movimentos da Igreja Católica, o que me afastou um pouco de CL, porém, mesmo distante, sempre me sentia preferida, pois a forma de olhar para a vida a partir do método ensinado por Dom Giussani é uma forma excepcional e depois que entra na sua carne, já não basta julgar as coisas superficialmente. Então, após o incentivo de alguns amigos, decidir ir aos Exercícios deste ano. Nos dias do encontro, cada dia sentia que era para mim, pois a forma como Carrón nos fala, de modo tão simples, fazia meu coração vibrar novamente. No sábado à noite, eu estava provocada com 3 pontos e os três foram citados por Carrón, na finalização na manhã do domingo. Mais uma vez meu coração se encheu e tive certeza de que não eram coincidências e sim sinais de que era aqui que eu precisava me empenhar. Fiz experiência de que aqui é possível viver diferente, pois Cristo não está distante e sim está em tudo o que vivemos. No trabalho, voltei com mais vontade de entender o que Cristo tem para mim ali, com aquelas pessoas, com aquelas circunstâncias, e pude perceber que não é bater a meta e ser uma funcionária de destaque que geram a minha felicidade. Quando faço algo, devo fazer por mim, pela misericórdia que Cristo tem por mim, sem esperar nenhuma atitude do outro. Quando entendo que tudo é uma possibilidade de relacionamento com Cristo, vem o desejo de viver todas as circunstâncias a fundo, de fazer a experiência de misericórdia em tudo, em todos os relacionamentos, não por uma capacidade minha, mas sim por gratidão ao olhar e à misericórdia que eu recebo quando me perco.

Thiciane, Brasília (DF)