O sim de Pedro a Cristo, que Dom Giussani comenta no livro Deixar marcas na história do mundo, me remete ao meu sim ao Senhor nos dias de hoje. Eu, após vinte e poucos anos de Movimento, estava vivendo a experiência de forma morna, sem entusiasmo. E justamente quando a realidade nos colocou diante desta pandemia foi que a minha fé e minha fidelidade aos gestos do Movimento se renovaram.

Inicialmente, diante da proposta da Escola de Comunidade (EdC) on-line durante este período de quarentena, em meu íntimo eu pensei: «Ah, não vou fazer, isso não vai dar certo». E não é que, desde que começamos a fazer virtualmente, eu não deixei de participar da reunião sequer uma semana! Assim como também comecei junto com alguns amigos a rezar diariamente o terço através do aplicativo. E lá se vão mais de três meses firme no terço, assim como no trabalho de EdC, que tem me ajudado muito a viver a realidade atual, a partir da certeza de pertencer a esta companhia. É o que tem sustentado o meu dia a dia!

E então, o medo, a angústia provocada por esta terrível pandemia, as incertezas deste tempo de quarentena foram dando lugar a uma serenidade e confiança que só poderiam vir de Cristo, que se revela para mim através de rostos concretos; através desta amizade com os amigos da EdC, com o meu grupo de Fraternidade, com o Waltinho, com a Ana Maria, que apesar de estarmos distantes, na verdade, estamos mais próximos do que nunca!

Inclusive, despretensiosamente, eu convidei uma grande amiga do meu trabalho para rezar o terço, e ela está rezando diariamente conosco já faz um tempo, e tem feito EdC sempre que possível. E eu a convidei também para a assembleia mensal da comunidade que temos feito por Zoom e ela está participando. Então, me dou conta de que é Cristo que age e para isto basta o meu sim a Ele! Basta a nossa adesão a esta companhia. Posso tropeçar e cair mil vezes, posso cometer erros, mas Cristo me salva justamente através do meu sim, e então tudo se renova!

Christiane, Rio de Janeiro (RJ)