As Cidades Invisíveis

Esta obra de Ítalo Calvino, o próprio autor descreve como “um espaço em que o leitor deve entrar, dar uma volta, talvez perder-se, mas a um certo momento achar uma saída, a possibilidade de um caminho para sair dela”

Este livro pode nos deixar alguns questionamentos, especialmente, existenciais: é possível conhecer de verdade? É possível a esperança de qualquer recomposição unitária do eu?

A viagem imaginária descrita por Ítalo Calvino funciona como operador cognitivo, isto é, a viagem só pode dramatizar e problematizar a vida, não apresentar todas as respostas, pois o Outro é tão outro que jamais poderá ser conhecido por completo.

(por Biagio D'Angelo, curador do livro para Entrepassos)